Scorpions: Sting in the Tail
Despedidas de algumas bandas passam quase despercebidas e nem fazem falta. Outras são sentidas legitimamente pelos fãs e por todos que respeitam mais de 40 anos de carreira. Esse é o caso do Scorpions.
Enquanto algumas bandas vivem requentando sucessos antigos e lançando álbuns - no mínimo - tristes, o Scorpions mostra que a decisão de deixar os palcos não é por falta de criatividade ou energia. Mas afinal, o tempo pesa para todos.
O derradeiro álbum de estúdio do quinteto não se parece com seu antecessor, o ótimo “Humanity: Hour I”, mas isso não significa que não seja tão bom. Ele apenas é diferente. O som moderno e muito pesado do disco anterior não se faz presente em “Sting in the Tail”. Neste o que se ouve é uma sonoridade mais parecida com o que o grupo fazia nos anos 80. Mais Hard Rock.
“Sting in the Tail” traz 12 músicas, começando por “Raised on Rock” que parece também ser uma boa música para o início de show. Um ‘riff’ marcante, no estilo “Rock You Like a Hurricane”, seguido de uma melodia bem bacana e os efeitos de ‘talkbox’ de Matthias Jabs. Uma das músicas mais animadas e de destaque no disco.
“Slave Me” faz a ponte com os trabalhos mais recentes do Scorpions, com ‘riffs’ mais pesados. Já “No Limit” remete novamente às coisas dos anos 80, principalmente na linha vocal de Klaus Meine. É o melhor de dois tempos.
A primeira música para acalmar um pouco os ânimos é “The Good Die Young”, que traz a participação da vocalista Tarja Turunen. Confesso que quando fiquei sabendo da participação, inicialmente isso me causou certa estranheza, mas o resultado final é ótimo.
Aquelas vocalizações líricas irritantes dos tempos de Nightwish felizmente não se encontram aqui. A participação de Tarja se limita às vozes de fundo durante os versos e aos vocais de apoio no refrão. A junção de Meine e Tarja ficou muito boa. Aos versos lentos e um tanto melancólicos se segue um poderoso refrão emocionante.
Não poderia faltar uma legítima balada do Scorpions no álbum. E a da vez é chamada “Lorelei”. Com um belo teclado que lembra muito o início de “Send Me An Angel”, esta é mais uma das músicas para a galeria de belas melodias criadas pela por Rudolf Schenker, ainda que não tenha um solo marcante como o guitarrista costuma fazer em suas baladas.
Klaus Meine, Rudolf Schenker, Matthias Jabs, James Kottak e Pawel Maciwoda podem se orgulhar de encerrar a carreira de uma das mais importantes bandas alemãs - e de todo o mundo - com um álbum que merece ser apreciado do início ao fim. Como Schenker chegou a comentar, realmente o Scorpions encerra a carreira em alto nível.
Músicas do albúm:
01. Raised On Rock
02. Sting In The Tail
03. Slave Me
04. The Good Die Young
05. No Limit
06. Rock Zone
07. Lorelei
08. Turn You On
09. Let's Rock
10. SLY
11. Spirit Of Rock
12. The Best Is Yet To Come
Músicas do albúm:
01. Raised On Rock
02. Sting In The Tail
03. Slave Me
04. The Good Die Young
05. No Limit
06. Rock Zone
07. Lorelei
08. Turn You On
09. Let's Rock
10. SLY
11. Spirit Of Rock
12. The Best Is Yet To Come
Fonte: Territótio da Música
Acabou nada, banda de rock nunca acaba, só dá um tempo ... Bom, tirando Beatles, The Smiths e Ramones - a primeira e a última acho que só não voltam por falta de componentes vivos, os Smiths por birra de Morrissey.
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