Só repassando... email do camarada André Teixeira do PROgCultSE
Saudações!
Hoje tem início a exposição fotográfica 'A Cidade, os seres e o ambiente', de autoria dos alunos do curso de Comunicação Social da UFS, sob orientação das professoras Beatriz Colucci e Renata Voss. Será às 16h no saguão da reitoria e segue aberta à visitação até dia 18.04, das 8 às 20h.
A exposição faz parte das atividades do 1º Encontro Interdisciplinar de Comunicação Ambiental (EICA), realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Comunicação Ambiental - LICA, sob coordenação geral da Profª Sonia Aguiar.
Em anexo seguem o cartaz e um texto sobre a exposição. Se entenderem relevante, repassem aos seus contatos.
Contamos com a presença de tod@s.
GRANDE abraço!!!
A.
“A cidade, os seres e o ambiente”
Sonhada, idealizada e realizada em meados do século XIX, Aracaju foi alicerçada próxima ao mar, com intuito de facilitar o escoamento da produção dos engenhos do Vale do Cotinguiba, erguida entre pequenos morros, barreiros, areais, dunas, apicuns e manguezais.
A Aracaju de abril de 2011, difere bastante desta de outrora. Muitos dos morros, barreiros, areais e dunas não mais existem e o manguezal desde 1856 tem sua área diminuída por diversos fatores e atores: para aumentar a acessibilidade dos seus moradores e para melhor implementar o crescimento urbano, o poder público lavrava ofícios autorizando tais práticas até a metade do século XX.O desenvolvimento não-sustentável da indústria, a especulação imobiliária desenfreada e a aparente indiferença da população fizeram o restante até os dias atuais, quer seja pelos aterros, quer seja pelas toneladas de esgoto não tratado despejadas nos rios ou do monóxido de carbono produzido pela queima dos combustíveis fósseis a poluir o ar, ratificados pelo cômodo e cúmplice silêncio dos que pensam apenas nas soluções para o 'agora'.
Enquanto isso, o rio ainda lhes da de comer, o ar ainda é gostoso de se respirar e aqui ainda em se plantando tudo dá.
As fotos que compõem “A cidade, os seres e o ambiente” procuram registrar alguns bons momentos da relação entre esses três personagens, embora muitas vezes capture sua desarmonia e caos. Ainda que a beleza transpareça, é impossível não detectar o olhar crítico dos autores. As sevicias do 'progresso' capitalista sobre a flora e fauna são imediatistas e os danos ao meio ambiente duram bem mais do que o lucro fácil. Duram ao ponto de fazer-nos imaginar quão bárbaros seremos às vistas dos futuros arqueólogos. Seremos?
André Teixeira
5º período de Jornalismo
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