E ele me disse:
Te perdoou...
Te perdoou por não ter me dado sequer um segundo de sua atenção durante toda noite...
Passei a noite com meus olhos, sentidos e curiosidade pousados naquela que tentava se conter e conter a fome que a consumia em cada olhar lançado aos tantos ao seu redor...
Sim, fome!
Fome de alegria, fome de felicidade, fome de atenção, fome de se sentir viva...
Mas, se está entre os vivos falantes e andantes que sorriem e apreciam seu sorrisso, não é o suficiente?
O quê realmente queres?
Percebo o quão tolos são os que te rodeiam e não sentem a tristeza em seu sorrir...
O dia está raiando... você sabe onde posso contemplar o nascer do sol?
E você responde: se realmente me perdoou me dê sua mão e simplesmente venha.
Silêncio...
O nascer do dia começou...
Mais um dia...
O pôr-do-sol na praia é a certeza de que amanha continuarei te esperando.
Você não dorme... não perca tempo esperando... vá dormir e acorde a tempo de vê-lo chegar...
O que tanto te faz falta?
Não sorria se tem vontade de chorar...
Chore se a alegria de vê-lo é tão intensa.
Grite.
Eu acreditava...
Quero continuar acreditando...
Posso te abraçar?
Meu cheiro te agrada?
Cure-se... estamos de frente para o mar.
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